O Círio de Nazaré é sempre repleto de histórias de devoção, gratidão, força e fé em Nossa Senhora. Todo ano, milhões de promesseiros, que recebem as graças da Padroeira dos Paraenses, cumprem, de alguma forma, suas promessas por bênçãos recebidas.
Neste domingo de Círio isso fica ainda mais evidente. Centenas de promesseiros percorrem os quase três quilômetros da principal procissão da Festa de Nazaré de joelhos e são apoiados tanto por familiares quanto por desconhecidos que os dão a força extra necessária para cumprir o sacrifício em gratidão às graças alcançadas.
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Patrícia Trindade é uma destas promesseiras. Ela veio de Breves, na Ilha do Marajó, é professora e mãe de uma criança portadora de uma doença neurológica considerada rara. No início do ano, ele recebeu um diagnóstico terminal, com mínimas chances de sobrevivência.
Após pedir a graça à Nossa Senhora de Nazaré, ela conseguiu custear um tratamento caro para manter a vida do próprio filho, por esta razão, ela segue de joelhos da Catedral Metropolitana, no bairro da Cidade Velha, até a Basílica Santuário com uma escultura de cera em mãos, representando a cabeça do filho.
Diego Coelho, dentista, também segue de joelhos pelo percurso. Ele pediu bênçãos da Santinha para conseguir a aprovação no curso de Medicina em 2020, no entanto, com a suspensão das procissões por conta da pandemia de Covid-19, somente em 2022 conseguiu cumprir sua promessa.
"Demorei um tempo para passar. Quando consegui passar, vim aqui cumprir minha promessa no retorno do Círio. É gratificante e cansativo, mas tenho o apoio dos meus amigos e, sem eles, isso não estaria acontecendo. Sozinho a gente não consegue", pontua.
Silmara Carvalho é integrante do grupo "Promesseiros Unidos pela Fé" há seis anos. A organização atua entregando água para os promesseiros e devotos de Nazaré no dia do Círio. Ela comenta que mais de 15 pessoas ajudam os fiéis e, neste ano, conseguiram apoio de empresas e doadores para fortalecer este trabalho nobre.
"É muito gratificante. Mesmo nos anos em que não houve procissão, doamos água, sopa e mingau, sejam para os devotos ou para as pessoas em situação de rua", afirma.
Silvana Leão também segue de joelhos pelas avenidas Presidente Vargas e Nazaré. Ela pediu graças para a Rainha da Amazônia para que intercedesse pela cura da mãe, que recebeu um diagnóstico de câncer de mama.
Como a operação para a retirada do tumor foi um sucesso e não foi necessário realizar tratamento de quimioterapia, ela decidiu cumprir sua promessa, na companhia dos colegas bombeiros civis, assim como a devota.
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