![Oficina ajuda a tratar também o estresse e ansiedade. Imagem ilustrativa da notícia Pacientes com Covid-19 ganham auxílio no tratamento](https://cdn.dol.com.br/img/Artigo-Destaque/660000/760x430/WhatsApp-Image-2021-07-07-at-110155_00661788_0_-3.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F660000%2FWhatsApp-Image-2021-07-07-at-110155_00661788_0_.jpg%3Fxid%3D1559523&xid=1559523)
Ocupar a mente e o tempo, podem ajudar de forma significativa para quem passar por algum tratamento médico, principalmente quando o paciente está internado. E quando falamos de pessoas que estão com o novo coronavírus, a ajuda é ainda melhor.
Pacientes internados no Hospital de Campanha do Hangar, em Belém, participaram esta semana de uma oficina de artesanato com supervisão de profissionais de saúde da unidade.
Durante a ação, a oficina proporcionou aprendizado sobre o manuseio de pedrarias, papel, canetas, entre outros objetos para confecção de itens decorativos e enfeites. Os pacientes, em tratamento para Covid-19 na enfermaria do hospital, foram avaliados previamente por uma equipe multiprofissional.
O projeto da oficina chama-se “AAmor”, e foi criado pela unidade para amenizar medos e anseios causados pela doença. “Essas pessoas estão longe dos familiares em um ambiente desconhecido. Suavizar esse aspecto para favorecer o processo de cura é o nosso principal objetivo”, afirma Elizabeth Cabeça, responsável pelo setor de Humanização do Hospital de Campanha.
Além de diminuir os sentimentos negativos enfrentados na luta contra o novo coronavírus, como estresse e ansiedade, a atividade promove inclusão e socialização. A oficina também atua como um processo terapêutico, envolvendo trocas de experiências e ensinamentos.
“Neste momento, a gente trabalha a subjetividade desses pacientes para que eles saiam um pouco do contexto de internação e dividam as experiências deles com a equipe e outros pacientes. É um diferencial para o tratamento mais humanizado e ativo”, afirma o psicólogo clínico, Rogis Coutinho.
Experiência dos pacientes
Internado há 11 dias, Cosme Damião, de 27 anos, foi um dos pacientes que fez parte da atividade, realizada na última terça-feira, 29/6. “Eu nunca imaginei participar de uma oficina de artesanato aqui dentro do hospital. Na verdade, eu nunca participei de algo direcionado a isso lá fora e, aqui dentro, ampliei a minha visão. Isso é engraçado porque o que poderia ser triste passou a ser um momento de descontração. Parecia que eu estava lá fora com os meus amigos”, disse.
O jovem, que gerencia um comércio com a esposa Lucileia Moraes, em Belém, conta que o que mais deseja no momento é contar a experiência para a filha, Luna dos Santos, de um ano e três meses. “Vou contar para a minha filha que participei da oficina. Pretendo ter bem mais tempo para a vida. Eu deixava isso de lado e essa doença veio para provar, na dor, que devo priorizar o que realmente é importante”, conclui.
Outra paciente que acompanhou a oficina foi Merivalda Leão, 36, vinda de Goianésia, no interior do Pará. Internada há quatro dias e com quadro de ansiedade, ela conta que a atividade cooperou para a melhora no humor. “Eu estava bem triste. Esse medo da incerteza é horrível. Por mais que a gente receba todo o cuidado, o carinho desses profissionais, existe o sentimento do medo porque essa doença é algo que não podemos controlar. Então, participar da atividade me deixou mais alegre”, comenta.
Criado pelo Governo do Estado do Pará, o Hospital de Campanha do Hangar já atendeu mais de seis mil pacientes. A unidade é gerenciada pela Pró-Saúde, sendo referência no tratamento da Covid-19 e com atendimento pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
“Toda a atuação dentro do Hospital de Campanha é voltada para o bem-estar e segurança do paciente. Essa é mais uma atividade que comprova isso e, com certeza, impactará na experiência de vida quando tiverem altai”, diz a diretora assistencial do hospital, Josieli Ledi.
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