A Polícia Civil do Estado do Pará, por meio da Diretoria Estadual de Combate à Corrupção (DECOR), deu cumprimento a mais um mandato de prisão, na tarde desta sexta-feira (23), em desfavor de mais um alvo da “Operação da Cobra”, deflagrada pela PC-PA no dia 24 de junho deste ano e cumpriu mandados de prisão e busca e apreensão em Belém, Ananindeua e Santarém Novo.
Éder Mauro compra fazenda avaliada em R$ 2,8 milhões por R$ 330 mil
Fazenda comprada por Eder Mauro já tinha sido vendida por ‘fantasma’
Fazenda comprada por Eder Mauro tem toda documentação falsa
A Operação investiga o registro, compra e venda da fazenda "Benção Divina”, que fica localizada no município de Bujaru, no nordeste do Pará, que pertence ao deputado Eder Mauro.
As investigações apontam que a regularização e as transações referentes à propriedade foram efetuadas com diversas irregularidades, entre as quais falsificação de documento público e particular, associação criminosa, uso de documento falso e possíveis crimes de lavagem de dinheiro e fortes indícios de ocultação de patrimônio.
Segundo as investigações, o homem preso hoje era escrivão substituto do Cartório da Cidade de Santarém Novo. O mesmo se aproveitou do cargo que exercia para beneficiar a quadrilha com a emissão de documentos falsos, que davam aparência de legalidade na compra e venda da fazenda.
Entre as irregularidades encontradas, foi identificada uma procuração pública contendo informações inverídicas, cometendo assim o crime de falsidade ideológica.
Foram expedidos pela Justiça de Santarém Novo, sete mandados, sendo três de prisões e quatro de busca e apreensão após parecer favorável do Ministério Público Estadual (MPPA). Durante a operação policial, deflagrada em junho, dois empresários foram presos em Belém. Um residia em um prédio de luxo, no bairro do Umarizal e o outro foi localizado em sua empresa, sediada no bairro do Mangueirão.
Durante as buscas na empresa, foram encontrados diversos documentos relacionados à fraude, celulares, uma arma de fogo e 105 munições intactas. O empresário foi autuado em flagrante por posse irregular de arma de fogo.
Denúncia - As investigações foram iniciadas após denúncia em aplicativo de atendimento ao cidadão, em dezembro do ano passado. Diante dos fatos, foi instaurado um procedimento denominado de VPI (verificação preliminar de informação) pelo qual foram constatados vários indícios de irregularidades, como uma procuração pública, confeccionada no cartório de Santarém Novo em março de 2018, cuja outorgante havia falecido no ano de 2003 - 15 anos antes.
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