
Desde sábado (24) até domingo (25), quem passou pela praça de alimentação do Shopping Metrópole, em Ananindeua, foi surpreendido pelo palco de talentos com o “Festival da Inclusão”, em sua segunda edição, que reuniu empreendedores, artistas e famílias ligadas ao transtorno do espectro autista (TEA).
Além de uma feira de empreendedorismo inclusivo, o evento teve apresentações artísticas, música, dança e entrega de mais de 100 Carteiras de Identificação da Pessoa com TEA – a chamada Ciptea, que facilita prioridade no atendimento. De acordo com Swiany Soares, assistente social da Coordenação Estadual de Políticas para o Autismo (Cepa) da Secretaria de Estado da Saúde do Pará (Sespa), o evento tem um papel fundamental na valorização das pessoas neurodivergentes.
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“O Festival da Inclusão foi idealizado pela vereadora Nay Barbalho, com o objetivo de gerar visibilidade, divulgar e promover as habilidades e os talentos das pessoas com transtorno do espectro autista e seus familiares, buscando promover protagonismo, empoderamento e fomentando a geração de renda para essas pessoas e para a economia criativa”, explicou.
O espaço recebeu dez famílias empreendedoras, que expuseram produtos feitos de forma artesanal, muitos com matéria-prima regional da Amazônia. “Temos um banco de dados na Coordenação Estadual de Políticas para Autismo, onde essas famílias se inscrevem para participar. Essa ação gera renda e fortalece a economia criativa desses grupos”, detalhou.
Entre os expositores estava Adriana Brito, 39 anos, artesã desde os oito anos de idade. Ela é mãe da pequena Alejandra, de 4 anos, diagnosticada autista nível 2. “Eu uso o crochê agora como terapia porque também tenho ansiedade e problemas emocionais. Enquanto minha filha está nas terapias, eu fico do lado de fora fazendo crochê, cuidando da minha saúde mental. Com isso aqui, eu foco nas encomendas e me traz bem-estar”, contou.
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No palco, quem brilhou foram os TEAlentos. No domingo, cinco artistas se apresentaram, levando música e dança para quem acompanhava o evento. A jovem cantora Layza Moraes, de 23 anos, foi uma das atrações. “Eu comecei a cantar com 5 ou 6 anos. Desde que eu era bem novinha eu amo a música, ela faz parte da minha vida. Eu canto de tudo, não tenho problema com gênero musical, porque o que importa é cantar e me sentir feliz fazendo isso”, disse.
Para Juliana Trindade, gerente de marketing do shopping, a iniciativa reflete um compromisso com uma comunidade mais justa, empática e consciente. “É uma oportunidade de dar voz, espaço e visibilidade de forma verdadeiramente inclusiva. Acreditamos que o shopping deve ser o reflexo da sociedade que queremos construir: um lugar onde todos se sintam acolhidos, valorizados e respeitados”, afirmou.
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