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GASTRONOMIA

Intercâmbio Amazônia promove laboratório Culinário

Nesta segunda, 22, o Projeto Intercâmbio Amazônia, que aproxima chefs paraenses e dinamarqueses, inicia seu 3º e último Laboratório Culinário, com o tema ‘Peixes e Crustáceos’

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Imagem ilustrativa da notícia Intercâmbio Amazônia promove laboratório Culinário camera Mais do que preparar um prato, os profissionais selecionados tiveram a oportunidade de conhecer alguns dos ingredientes amazônicos | Divulgação

Celebrando os saberes tradicionais, os ingredientes da floresta e os encontros que proporcionam trocas e transformam a culinária amazônica em instrumento de resistência e preservação, nesta segunda, 22, o Projeto Intercâmbio Amazônia inicia o seu terceiro e último Laboratório Culinário, tendo como tema ‘Ostras, Peixes e Crustáceos’.

Com a proposta de investir na gastronomia como ferramenta para o desenvolvimento local e o fortalecimento de relações globais mais justas e sustentáveis, o Intercâmbio Amazônia é um projeto idealizado pela Embaixada da Dinamarca, pelo coletivo dinamarquês Melting Pot e pelo Ministério de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA); executado em Belém pelo Instituto Paulo Martins (IPM), em parceria com os chefs Paulo Anijar e Simon Lau, e financiado pela Cooperação de Desenvolvimento Internacional da Dinamarca.

Reunindo 20 profissionais da gastronomia local – especialmente selecionados para o projeto –, e chefs dinamarqueses, duas etapas do Projeto já foram realizadas: o Laboratório 1 aconteceu em julho e teve como tema a ‘Mandioca’; e o Laboratório 2, em agosto, destacando ‘Ervas, especiarias e frutas amazônicas’. Mais do que preparar um prato, os profissionais selecionados tiveram a oportunidade de conhecer alguns dos ingredientes amazônicos desde sua origem, entender o contexto de quem o produz e compartilhar tudo com chefs de outros países.

Essa vivência expandiu o olhar e reforçou o poder da gastronomia e do alimento como lugar de encontro e construção coletiva. A troca de experiências trouxe novas perspectivas sobre a Amazônia e pontos de vista diferentes sobre a maneira como se pode trabalhar pela preservação da floresta e a proteção aos seus povos. “Participar do Intercâmbio Amazônia foi muito transformador. Conhecer a biodiversidade, conhecer as comunidades, me trouxe uma riqueza cultural imensa”, revela Odete Macedo, participante do Projeto.

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LABORATÓRIO 3

Com quatro dias de atividades e a participação dos chefs dinamarqueses Simon Lau e Bo Frederiksen, a programação do terceiro Laboratório Culinário do Intercâmbio Amazônia Belém-Dinamarca inclui, como nas edições anteriores, um dia de imersão, onde os participantes vivenciam o cotidiano de comunidades produtoras da região metropolitana de Belém, valorizando o conhecimento local. Para a realização deste Laboratório 3, o local escolhido foi Lauro Sodré, a mais antiga vila de Curuçá, no nordeste paraense, conhecida como a ‘terra da ostra’, onde os participantes serão recebidos pela Associação de Aquicultores da Vila Lauro Sodré (Aquavila).

A comunidade foi contemplada pela natureza com um banco natural de ostras, de onde tiram as chamadas sementes e desenvolvem o cultivo entre os 10 produtores que compõem a associação. Cada produtor trabalha no seu ‘espaço’, mas a comercialização e lucros são repartidos entre todos, seguindo o princípio cooperativo. O cultivo de ostras, implantado no local, mudou a realidade de toda a comunidade. Hoje, além de comercializar o molusco nos tamanhos baby, média e máster, a Aquavila também fornece sementes para Salinas, Augusto Corrêa e a comunidade Pereru de Fátima, em São Caetano de Odivelas.

Além da vivência nas comunidades, as demais atividades do Laboratório ocorrem nas dependências do Cesupa, parceiro local do IPM, onde os profissionais selecionados lideram as práticas culinárias com base nos ingredientes amazônicos; no terceiro dia, os chefs convidados da Dinamarca conduzem a jornada, compartilhando técnicas, experiências e as suas visões sobre os ingredientes.

O Projeto Intercâmbio Amazônia inicia o seu terceiro e último Laboratório Culinário, tendo como tema ‘Ostras, Peixes e Crustáceos’.
📷 O Projeto Intercâmbio Amazônia inicia o seu terceiro e último Laboratório Culinário, tendo como tema ‘Ostras, Peixes e Crustáceos’. |Divulgação

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TRAJETÓRIA

Desde seu início, o Intercâmbio Amazônia vem se articulando em torno de uma vivência formativa de conexão profunda. No primeiro Laboratório Culinário que ocorreu em julho, por exemplo, onde o tema foi a Mandioca, o dia de imersão ocorreu na Comunidade Quilombola Espírito Santo do Itá, localizada na zona rural de Santa Izabel do Pará, proporcionando trocas de saberes, ingredientes e histórias. Esta etapa contou com a presença dos chefs convidados Kenzo Hirose, do restaurante Gustu, na Bolívia, e do sommelier Bertil Tøttenborg, da Dinamarca. Com experiências vindas de diferentes territórios e culturas, eles trocaram conhecimentos com o grupo paraense, valorizando a mandioca em preparos ancestrais e contemporâneos.

O segundo módulo do Intercâmbio Amazônia, realizado em agosto, trouxe novos aprendizados e trocas com a chef franco-dinamarquesa Marie-Sophie Grønlund, conectando técnicas internacionais, ingredientes da floresta e histórias transformadoras. Marie compartilhou sua experiência na Nova Cozinha Nórdica, além de técnicas e visões que valorizam ingredientes locais, simplicidade e respeito ao território. Nesta etapa, o Projeto chegou à Comunidade Campo Limpo, em Santo Antônio do Tauá (PA), para um significativo encontro de saberes, aromas e afeto. Produtora de orgânicos, a comunidade constrói um modelo de desenvolvimento sustentável com base na cooperação e no protagonismo local.

Durante todo o desenvolvimento do Projeto, os ingredientes amazônicos mostram sua força e versatilidade. Seja no laboratório ou nas comunidades, pratos criativos ganham forma a partir de produtos regionais, tudo preparado coletivamente, em um ambiente de troca, curiosidade e inspiração mútua. Por tudo que foi vivenciado até agora, os participantes entendem que a experiência fortalece cozinheiros locais, comunidades e toda a cadeia da gastronomia amazônica. Para Verena Aquino, o Intercâmbio está proporcionando a oportunidade de conhecer e trocar experiências inéditas. “Pessoas que eu só admirava pelo Instagram e hoje eu tenho a oportunidade de dividir bancada, trocar conhecimentos. A gente está aprendendo técnicas diferentes e resgatando técnicas locais, além de ter a oportunidade de conhecer comunidades dentro do nosso estado, que eu particularmente não conhecia. Então, esta experiência está sendo muito satisfatória, conclui”.

Serviço

Projeto Intercâmbio Amazônia

Laboratório Culinário 3

Data: 22 a 25/09/2025

www.institutopaulo martins.org.br

@ipaulomartins

www.intercambio amazonia.com

@intercambioamazonia

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