Três meses após a morte da influencer e universitária Yasmin Macedo, nenhuma resposta ou desfecho sobre o que aconteceu com ela no dia 12 de dezembro, após sair com amigos para um passeio de lancha e desaparecer nas águas do rio Maguari. O corpo foi encontrado no dia seguinte, por mergulhadores do Grupamento Fluvial. O caso é investigado de forma sigilosa até hoje. Mais de 50 depoimentos foram colhidos. Para a conclusão dos trabalhos, falta ainda a reprodução simulada (reconstituição) que deveria ter ocorrido no mês passado.
Familiares e amigos de Yasmin foram às ruas na manhã deste domingo (20), para pedir Justiça e a verdade sobre os fatos. A manifestação se concentrou na Praça Pedro Teixeira, próximo da Escadinha e a caminhada seguiu pela avenida Presidente Vargas, em Belém.
Ao longo do percurso, um grupo de teatro encenou uma peça em que representava os últimos momentos da vida de Yasmin e a atriz declarou as falas "amigo que é amigo conta a verdade".
O texto fez uma crítica direta às pessoas que estavam na lancha no dia em a universitária morreu e que podem ter mentido e omitido informações durante os depoimentos.
O diretor de teatro, Tiago de Pinho, frisou que a peça representou não somente a Yasmin, como também todas as mulheres que morreram e a família espera por Justiça e respostas.
"Nesse momento, a gente empresta a nossa arte. Esse ato por Justiça é para que as pessoas falem, comentem a verdade naquele dia (em que Yasmin morreu)", disse.
Os participantes vestiram camisas com a foto da influencer.
Para a família, não resta dúvidas de que a morte da universitária não foi uma fatalidade. "Não só perdi alguém que amo. Perdi um pedaço de mim", declarou a mãe da Yasmin, dona Eliene Fontes. Ela é uma das principais interessadas em saber o que aconteceu com a filha. Nas redes sociais, postou uma homenagem e um desabafo de dor.
RELEMBRE
As equipes da Polícia Científica, Polícia Civil, Grupamento Fluvial e Corpo de Bombeiros estiveram no local onde o corpo de Yasmin foi encontrado. Esse trabalho foi traçar a logística que será necessária para fazer a reconstituição dos fatos. Até então, a data para esta reprodução simulada ainda não foi agendada.
Até o momento, o inquérito aponta que há três pessoas suspeitas para este caso. No entanto, as informações divulgadas não indicam com exatidão sobre quais os possíveis crimes de que podem ser acusadas. Um destes suspeitos é o médico legista Euler Cunha, que negou ajuda para a família de Yasmin.
O piloto da lancha e empresário Lucas Magalhães, também está na condição de suspeito e teme ser preso. O advogado dele já ingressou, inclusive, com um pedido de habeas corpus preventivo. Ele não tem licença para dirigir embarcações.
Em entrevista ao DIÁRIO o advogado criminalista e especialista em Segurança Pública, Henrique Sauma, analisou e apontou a complexidade do caso Yasmin.
A Polícia Civil informa que o inquérito policial que apura a morte de Yasmin Macedo segue investigado pela Divisão de Homicídios de Belém. A PC aguarda resultado da reconstituição simulada que será feita pela Polícia Científica.
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