No instinto materno, cuidar de um filho até sua maioridade ou independência de vida se constitui ser uma das missões mais urgentes de muitas mães, o que envolve educar, orientar e proteger. Para muitas dessas mães, a hipótese de abandonar sua cria sequer é cogitada.
Essa possibilidade, contudo, não foi a realidade retratada para uma jovem, de 23 anos, que vendeu o próprio bebê, de apenas 8 meses, em uma plataforma de vendas nas redes sociais. O caso aconteceu na África do Sul em 2023. Por conta disso, a jovem foi acusada de tráfico de crianças.
De acordo com a polícia sul-africana, a mulher entrou em contato com uma outra mulher nas redes sociais e ambas combinaram um encontro no Soshanguve Plaza, próximo a Pretória. No local, ela entregou o filho para a pessoa que, em seguida, fugiu num táxi.
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Entretanto, a jovem se arrependeu da decisão e procurou recuperar a criança uma semana depois, mas a compradora se recusou devolver. “Eu me arrependo de tudo que fiz. Fiz isso por desespero. Eu estava lutando financeiramente para criar meu bebê. Eu não estou bem. Eu quero meu bebê. Eu amo meu bebê”, disse ela em entrevista.
A jovem também revelou detalhes sobre a mulher que levou o bebê: "Ela mora perto de Orange Farm, em Johanesburgo. Quando falei com ela pela última vez, disse que estava com medo de ser presa. Eu quero dizer àquela mulher que o que eu fiz foi errado. Eu não deveria ter tomado aquele caminho. Eu deveria ter levado meu bebê para assistentes sociais”, lamentou.
O namorado da mulher que comprou o bebê também se pronunciou sobre o caso, afirmando que acreditava que o filho era seu e que não sabia da venda da criança. "Ela não tinha dinheiro para cuidar do bebê. Eu não estava morando com ela quando isso aconteceu. Pensei que ela tivesse enviado o bebê para sua família", disse ele.
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A polícia Sul-Africana investigou o caso sob acusação de tráfico de crianças em 19 de outubro. A mulher que demonstrou interesse pela criança teria prometido pagar R$ 1.000 mensais para a mãe, alegando que o dinheiro ajudaria a jovem a se recuperar financeiramente. No entanto, após o pagamento inicial, o dinheiro nunca foi enviado e a mulher que comprou o bebê desapareceu, não podendo ser localizada pelas autoridades.
O porta-voz da polícia, Capitão Tintswalo, confirmou a prisão da mãe no mesmo dia em que o caso foi registrado, e ela compareceu ao Tribunal de Magistrados de Ga-Rankuwa em 21 de outubro.
A mãe foi libertada sob fiança, mas sua audiência foi adiada para 6 de fevereiro de 2024. Enquanto isso, a investigação continua em andamento para localizar a mulher que levou o bebê e entender todos os detalhes por trás dessa transação ilegal e angustiante.
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