"A maior expressão de preconceito racial no Brasil está justamente na negação desse preconceito". A frase de Demétrio Sena mostra bem o que aconteceu durante a semana com um jogador profissional de futebol, que, após sofrer injúria racial, ainda teve seu protesto minimizado em nota oficial.
O meia Celsinho marcou na última quarta-feira (1), o segundo gol do Londrina contra o Coritiba, em partida válida pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B. Após fazer o gol, o jogador comemorou se ajoelhando no chão e colocando os braços para cima, em gesto antirracista.
O jogador de 33 anos diz ter sido chamado de "macaco" por parte de um membro do staff do Brusque, em partida que aconteceu no dia 28 de agosto, no estádio Augusto Bauer, em Santa Catarina.
Após a afirmação, o clube catarinense emitiu uma nota minimizando a declaração do jogador, e após críticas nas redes sociais, outra nota pedindo desculpas pela anterior.
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Essa, no entanto, não é a primeira vez, nem a segunda que o jogador foi alvo de ofensas racistas na Série B. No empate contra o Goiás, no dia 17 de julho, o narrador Romes Xavier e o comentarista Vinícius Silva, da Rádio Bandeirantes Goiânia, fizeram comentários racistas em relação ao cabelo do atleta. Ambos afastados de suas funções.
Já em jogo contra o Clube do Remo, em Belém, o narrador Cláudio Guimarães, da Rádio Clube do Pará, falou que o cabelo do jogador parecia um "ninho de cupins". O comunicador também foi afastado de suas funções.
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