Passadas as oito primeiras rodadas da Série B do Brasileiro 2021, o Clube do Remo está no Z-4, ocupando a 17ª colocação na tabela de classificação com sete pontos somados – os azulinos estão com um jogo a menos. Ao todo, são 33,3% de aproveitamento dos 21 pontos disputados até aqui. Analisamos os clubes que ficaram na 16º posição, primeira que se salva do rebaixamento, da última década (2011 até 2020).
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Fazendo a matemática básica, foi possível observar que a média de pontos das equipes que ficaram em 16º colocado nos últimos 10 anos foi de 44,1. Ou seja, levando em consideração esses números, o Leão precisa somar mais 37 para escapar do rebaixamento para a Série C do Brasileiro. Isso faria a equipe ter um aproveitamento de 39,78% no restante dos pontos disputados (restam 93).
Olhando para os números, não há tanto com o que se preocupar. Uma leve melhora da equipe na conquista dos pontos e a manutenção do Clube de Periçá na Segundona é garantida. Mas o grande problema é esse! Os azulinos possuem uma vitória, quatro empates e duas derrotas, não vencem há cinco rodadas e estão com o pior ataque da competição, tendo balançado as redes apenas quatro vezes.
Tal desempenho resultou com o treinador Paulo Bonamigo pedindo para deixar o comando técnico azulino. Agora, o Remo foca suas atenções no Coritiba, vice-líder com 16 pontos e vem de quatro vitórias seguidas na Segunda Divisão Nacional. À beira do campo, os azulinos terão Netão para orientar os jogadores para buscar um bom resultado longe de Belém.
O time precisa ser ajeitado para a sequência da competição. Bonamigo deixou a zaga mais compacta antes de sua saída, apesar da média de 1,1 gol por partida. Vinicius continua mostrando segurança debaixo das traves, o lateral-direito Thiago Ennes vem sendo o jogador mais regular da equipe na competição, Romércio mostra bom tempo de bola, boa cobertura e segurança, Kevem ainda apresenta nervosismo com a oportunidade de titular, mas pode crescer com seu parceiro de zaga e Igor Fernandes exibe boa postura defensiva, precisando melhorar seu jogo ofensivo.
O meio de campo necessita de uma transição para o ataque mais veloz. Uchôa e Lucas Siqueira são lentos, Gedoz tem os passes curtos e longos caprichados, mas carece de mais aproximação dos seus companheiros. Bonamigo tentou fortalecer seu jogo com a entrada de Rafinha. Uma boa tabela entre os meias foi vista na derrota diante do Sampaio, mas o entrosamento precisa de maior tempo.
O grande problema é o ataque. O Remo não tem centroavante! Renan Gorne e Edson Cariús estão sentindo a pressão da intitulação de homem gol. Quando a bola chega – e estão sendo pouquíssimas vezes – eles desperdiçam a chance. Os homens de ponta pouco levam vantagem em jogadas individuais para quebrar a marcação dos adversários e inerte o ataque remista continua.
Vamos ver como a equipe irá se comportar diante do Coxa-Branca. Nos próximos dias, o novo treinador deverá ser anunciado pela diretoria azulina e o torcedor seguirá acompanhando o desempenho do time para saber se, de fato, o Clube do Remo vai lutar contra a degola. Na última vez que isso aconteceu, em 2007, os azulinos foram rebaixados na 19ª colocação com 36 pontos, com oito vitórias, nove empates, 21 derrotas, marcando 41 gols e sofrendo 74.
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