O aumento da capacidade de público nos estádios sempre foi uma reivindicação do Leão desde que as torcidas puderam voltar a frequentar as arquibancadas. No início com 30%, agora os campos de futebol podem comportar a metade de sua capacidade. Esse aumento, no entanto, não tem sido o suficiente para o Clube do Remo ter saldo positivo em sua bilheteria após os jogos.
Na partida contra o Galvez-AC, embora o Clube do Remo tenha goleado o time adversário, levou um prejuízo financeiro. Segundo divulgado pela assessoria de imprensa do clube paraense, o jogo teve resultado negativo de R$-18.114,93, o pior até o momento.
Na vitória do Leão por 2 a 1 sobre o Náutico, em jogo que marcou a volta do público ao Estádio Baenão, o time teve um resultado negativo de R$-326,46, o menor até agora. Já contra o Coritiba, foi de R$-3.712,43.
VEJA OS RESULTADOS DETALHADOS:
Náutico:
Público pagante: 1699
Arrecadação: R$ 54.475,00
Despesas : R$ 54.801,46
Resultado: R$-326,46
Coritiba:
Público pagante: 1908
Arrecadação: R$56.125.
Despesas: R$59.837,43
Resultado: R$-3.712,43.
Galvez-AC:
Público pagante: 1381
Arrecadação: R$ 37.565,00
Despesa: R$ 55.679,93
Resultado: R$ -18.114,93
Ao que se pode analisar, o problema está nas despesas do time que, até aqui, são maiores que a arrecadação e giram em torno de R$ 56.000. Dessa forma, o clube está tendo mais prejuízos com os portões abertos, do que quando não era possível os torcedores frequentarem os estádios.
De acordo com o presidente do Remo, Fábio Bentes, os principais empecilhos para que o clube possa lucrar com a bilheteria giram em torno da Secretaria Municipal de Saúde - Belém (Sesma).
LEIA TMBÉM:
- Vídeo: Pará irá liberar 50% da torcida em estádios
- Decreto libera 50% do público em estádios do Pará
- Retorno de público faz Paysandu lucrar na bilheteria
"O time não consegue balancear a receita porque a exigência com o órgão municipal de saúde é muito grande. Somos obrigados a montar uma estrutura que custa caro e, infelizmente a arrecadação não está sendo suficiente", explica ele.
Bentes fala ainda, que mesmo com a liberação de maior quantidade de público (50% da capacidade do estádio), o time está tendo mais prejuízos do que quando não era permitida a entrada de torcedores por conta da Covid-19.
"Com essa engenharia, está sendo pior jogar de portões abertos do que de portões fechados, pois de portões fechados não estávamos tendo prejuízos como agora", complementa.
Além disso, o presidente do Leão falou sobre a proibição da venda de bebidas alcoólicas no Baenão. Segundo ele, esse seria motivo de afastamento de muitos torcedores dos estádios, consequentemente maior prejuízo, uma vez que a comercialização aumentaria a receita em geral.
"A proibição da venda de cerveja dentro do estádio afasta muitos torcedores e o nosso custo acaba ficando alto", finaliza.
O DOL entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde (SESMA) para saber sobre as medidas restritivas nos estádios de Belém e, aguarda um posicionamento.
E MAIS - Último treino do Bayern antes de enfrentar o Benfica de Jorge Jesus
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar