Com a paralisação do Campeonato Paraense, que atendeu a uma denúncia do Paragominas sobre supostas irregularidades dos atletas Hatos (Bragantino) e Guga (Águia de Marabá), vários representantes de clubes se manifestaram sobre a decisão judicial e mostraram preocupação com os planejamentos das equipes na competição.
Um dos envolvidos de fora direta na confusão, o presidente do Itupiranga, Izaías Alves, preferiu utilizar da cautela para se pronunciar. Acusado pelos dirigentes do Bragantino em ter agido de má-fé no caso Hatos, por estar ciente da punição de cinco jogos que o atleta havia recebido após julgamento por expulsão nas quartas de final do Campeonato Paraense de 2021, o dirigente se manifestou através de ofício enviado para o presidente do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-PA), advogado Mário Célio Filho, que irá julgar ambos os casos na próxima segunda-feira (14).
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"Declaro, para devidos fins, que eu, presidente do Itupiranga Sport Club, que após a partida envolvendo Itupiranga e Tuna Luso Brasileira, em 02-05-2021, ocorreu uma grande confusão e expulsão para ambos os lados. Informe aos envolvidos da equipe do Itupiranga, que tal ato de indisciplina resultaria em processo no TJD. Falei isso ao atleta pessoalmente na presença de vários atletas e membros da comissão", afirmou o mandatário do Crocodilo.
Na ocasião da disputa entre Itupiranga e Tuna Luso, aos seis minutos do segundo tempo, Hatos foi expulso após falta em Kauê. O lance foi caracterizado pelo árbitro da partida, Djonaltan Costa de Araújo (CD/PA), como excesso de força. Uma confusão começou entre os jogadores, causando também a expulsão de Guga. O atletas foram julgados dia 26 de maio de 2021 pela 2ª comissão do TJD-PA, no entanto, conforme consta no documento, Izaias Alves relata que não estavam mais na cidade.
"Declaro ainda que só tomei conhecimento do processo no dia 22 de maio de 2021, através de e-mail que nos foi enviado pela FPF no dia 21. Confesso que fiquei sem entender e confuso com a citação. Vale salientar que atleta (Hatos) não fazia mais parte do nosso quadro funcional, seu contrato foi encerrado no dia 21/05/2021 e este já se encontrava longe da cidade de Itupiranga e, consequentemente, não sabíamos do seu paradeiro", citou.
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Em sua defesa, o presidente do Itupiranga afirmou que além do clube ter sido informado sobre o julgamento e decisão, ele só foi ter conhecimento no mês de fevereiro de 2022, que Hatos e Guga, estariam atuando de maneira irregular no Parazão 2022, mesmo assim ele afirma ter confiado na Federação Paraense de Futebol e, por isso, preferiu não avisar os jogadores que estavam penalizados. Tanto é que, após a sanção, Hatos ainda jogou seis partidas pelo Cametá, na disputa do Campeonato Paraense da Segunda Divisão de 2021.
"Ora, se a Federação havia liberado o atleta [Hatos] para jogo em todas essas partidas, quem sou eu, um leigo, para discordar sobre a sua regularidade no Campeonato? Para mim, ele estaria respaldado pela FPF, portanto nem passou pela minha cabeça duvidar de sua legitimidade no Campeonato, muito menos informar que ele havia sido julgado." Assim, o Sport Clube Itupiranga, frente ao equívoco acontecido, se sente isento de culpa perante este Tribunal, já que o atleta Hatos Athirso da Silva Vida seguiu a carreira após o dia 21/05/2021 normalmente, recebendo salários por clubes filiados à Federação Paraense de Futebol em competições oficiais", finalizou.
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