Com apenas 2 centímetros e rápido que nem um foguete. Por isso essa espécie rara de sapo, encontrada somente no Cerrado, recebeu, em inglês, Rocket Frog, que em tradução português (Sapo-foguetinho).
Outras duas curiosidades desse pequeno morador do Cerrado é ele tem um desenho que faz lembrar uma ampulheta nas costas e ser uma das poucas espécies de anfíbios anuros (sapos, rãs e pererecas) de hábitos diurnos.
Agora pesquisadores do Instituto Boitatá, com o apoio de diversas outras instituições, estão lançando uma iniciativa para transformar o sapo-foguetinho em mais um símbolo para a conservação do Cerrado, assim como o lobo-guará (Chrysocyon brachyurus).
Apesar desse bioma brasileiro ser uma das áreas mais ricas do planeta, ele tem sofrido com o desmatamento. Só no mês de janeiro, ele perdeu 51 mil hectares de vegetação nativa, área equivalente ao território da cidade de Maceió. Quando comparado à Amazônia, o Cerrado – o segundo maior do país – tem menos proteção e uma forte atuação do agronegócio. E é isso o que preocupa especialistas.
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O sapo-foguetinho é encontrado em ambientes de florestas, em matas que circundam rios, córregos e riachos rochosos, a espécie foi classificada na década passada como em perigo de extinção, a segunda categoria de ameaça mais alta. Todavia, graças a esforços de proteção realizado pelo Boitatá, seu status foi reavaliado e o Allobates goianus agora configura como ‘quase ameaçado’. Isso significa que ele não é oficialmente mais tido como em risco de extinção.
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De acordo com levantamentos feitos pelo Boitatá, populações do sapo-foguetinho só são observadas atualmente em menos de dez localidades do estado de Goiás.
Além de lutar pelo título de “Símbolo para a Conservação do Cerrado” para o sapo-foguetinho, o Instituto Boitatá também planeja realizar ações de sensibilização da população sobre a importância dessa espécie. Estão na lista de atividades a produção de materiais audiovisuais, como documentários e livros, palestras em congressos, escolas e universidades.
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