Com um enredo que parece até roteiro de série de TV, as investigações sobre o caso Yasmin não param de surpresas. Às vésperas de completar dois meses de inquérito, a Divisão de Homicídios tinha, até então, encerrado a fase de depoimentos e solicitado a reprodução simulada (reconstituição).
No entanto, o advogado Paulo Maia, que defende o piloto da lancha e empresário Lucas Magalhães, entrou com o pedido de um novo depoimento. Se o requerimento for aceito pela Divisão de Homicídios, esta será a terceira vez que ele irá depor.
Segundo o próprio advogado, o piloto da embarcação está na condição de suspeito, junto com o médico legista Euler Cunha e uma terceira pessoa envolvida no caso. No entanto, não se sabe exatamente a tipificação dos crimes pelos quais os três vem sendo considerados suspeitos, se por homicídio ou se por outras irregularidades já averiguadas pela polícia.
Especialistas explicam que o caso é complexo e envolve muitas pessoas. Até o momento, as investigações indicam que 18 pessoas estavam na lancha. Mais de 50 depoimentos já foram colhidos pela Polícia Civil. Os últimos teriam sido do pai de Lucas, o empresário Marco Antônio Souza e um rapaz de prenome Hugo, primo do piloto da lancha.
Segundo Tourão, este novo depoimento será para que Lucas possa esclarecer "alguns pontos" que foram ditos por Hugo.
Lucas é um elemento intrigante no caso Yasmin. Primeiro que ele não tem habilitação para pilotar a lancha. Segundo a família da jovem, ela e Lucas tinham um relacionamento - isto, inclusive, era motivo de preocupação por parte da mãe. O piloto, no entanto, nega. A polícia já cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa do empresário. Durante os depoimentos, foi informado que ele estava com uma arma de fogo e teria efetuado disparos para o alto, durante o passeio. A arma não foi encontrada pelos policiais.
O médico legista Euler Cunha, outro personagem emblemático neste inquérito, também efetuou disparos para o alto. Ele já teria admitido isso. Inclusive, ele também já depôs três vezes na Divisão de Homicídios. O advogado dele solicitou uma acareação com outras testemunhas, afirmando que pessoas mentiram no depoimento.
Ainda sobre Euler, a família divulgou o print de uma conversa em que ele nega ajuda e a prestar qualquer informação sobre Yasmin, enquanto a jovem ainda estava desaparecida nas águas do Furo do Maguari.
Se estivesse viva, Yasmin Macedo teria completado 22 anos de idade, na última quarta-feira (10). Porém, a morte precoce da estudante de Veterinária aconteceu em 12 de dezembro de 2021, durante um passeio de lancha no rio Maguari, em Belém. O corpo dela foi encontrado no dia seguinte.
No aniversário de Yasmin, a família da influencer subiu a hastag #justicaporyasmin para cobrar o esclarecimento da verdade por trás da morte, que completará dois meses neste sábado (12).
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