![A dívida com André Cury, responsável pelo bloqueio das contas bancárias do Corinthians, foi contraída antes da gestão de Augusto Melo na presidência do clube. Imagem ilustrativa da notícia Corinthians tem contas bloqueadas por ordem judicial](https://cdn.dol.com.br/img/Artigo-Destaque/880000/640x360/agenciacorinthians-foto-224472-655x450-1_00889945_0_-3.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F880000%2Fagenciacorinthians-foto-224472-655x450-1_00889945_0_.jpg%3Fxid%3D2988276&xid=2988276)
O mundo do futebol não se resume apenas a gols e vitórias. Nos bastidores, longe dos gritos da torcida e das câmeras de televisão, questões financeiras e jurídicas também jogam um papel fundamental na vida dos clubes. Muitas vezes, decisões tomadas fora das quatro linhas acabam influenciando diretamente o desempenho dentro de campo. Esse é o cenário que o Corinthians enfrenta atualmente, em meio a uma crise financeira que envolve negociações com diversos empresários.
Para agravar o cenário, o clube teve suas contas bloqueadas por ordem judicial, em decorrência de uma ação movida pelo empresário André Cury. A medida afetou diretamente o fluxo financeiro do clube, atrasando o pagamento dos salários de janeiro. A diretoria, no entanto, mantém a expectativa de que o acesso às contas seja restabelecido ainda nesta sexta-feira (10).
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De acordo com informações da Gazeta Esportiva, Cury alegou que o Corinthians adotou “conduta fraudulenta” ao incluir no Regime Centralizado de Execuções (RCE) contratos que, segundo ele, não poderiam ser abarcados por esse mecanismo. Em resposta, o empresário recorreu à Justiça Federal para garantir a execução da dívida. Vale lembrar que, em dezembro, o clube havia obtido uma liminar que suspendia bloqueios judiciais e execuções por 60 dias.
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PLANO DE PAGAMENTO
O Corinthians, por sua vez, acredita que está devidamente protegido pelo regime de RCE, homologado pela Justiça de São Paulo, e espera não enfrentar maiores obstáculos para liberar suas contas. A diretoria alvinegra entende que todos os débitos devem ser centralizados e negociados de acordo com o plano de pagamento já apresentado, o que inclui os R$ 28,8 milhões devidos a Cury.
Além de André Cury, o clube enfrenta outras ações judiciais de empresários como Giuliano Bertolucci, que cobra cerca de R$ 78 milhões, e Carlos Leite. Somadas, as pendências com esses agentes chegam a R$ 170 milhões. No total, o Corinthians acumula dívidas de aproximadamente R$ 2,3 bilhões, sendo R$ 710 milhões referentes ao financiamento da Arena em Itaquera, junto à Caixa Econômica Federal.
QUAL A FUNÇÃO DO RCE?
O pedido de adesão ao RCE foi feito em novembro, com o objetivo de organizar o pagamento de R$ 379 milhões em dívidas com empresários, ex-jogadores e clubes. A equipe jurídica do Corinthians pretende intensificar as negociações com os credores ainda neste mês, visando evitar novos bloqueios e garantir que o fluxo financeiro do clube não seja prejudicado.
O Regime Centralizado de Execuções, previsto na Lei de Sociedade Anônima do Futebol (SAF), tem como principal função facilitar a quitação de dívidas ao concentrá-las em um único juízo, permitindo maior controle e previsibilidade nos pagamentos. Apesar do cenário delicado, a diretoria alvinegra se mostra confiante na recuperação financeira do clube e na manutenção da estabilidade para a temporada de 2025.
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