O estado de saúde do ex-prefeito de Belém, Duciomar Costa, 66, continua grave, porém, segundo a família, alguns exames laboratoriais apontaram sinais de que o quadro começou a evoluir para melhor. Ele permanece na Unidade de Terapia Intensiva de um hospital particular, em São Paulo (SP), sem previsão de alta médica. A família informou que às 19h fará uma corrente de oração pela melhora de Costa.
Para hoje (12), estava prevista a retirada da ventilação mecânica, mas um exame de gasometria arterial atestou uma alteração que fez com que os médicos reconsiderassem o procedimento e decidissem por mantê-lo intubado. Este exame de gasometria realizado verifica se as trocas gasosas no organismo do paciente da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) estão ocorrendo da maneira correta, sem a necessidade de auxilio ou oxigênio extra.
Duciomar - que já foi vereador, deputado estadual, senador e prefeito de Belém por dois mandatos seguidos - está hospitalizado desde o último dia 2, quando apresentou um quadro de pneumonia e deu entrada na UTI do Hospital Adventista de Belém, onde ficou por dois dias. Depois continuou o tratamento no apartamento, mas no último dia 8 voltou a ser intubado e levado novamente para a Terapia Intensiva. Na madrugada de ontem (11), ele foi transferido para São Paulo, em UTI aérea.
DESCASO E DENÚNCIA
A decisão de transferir Duciomar para outro hospital particular, em São Paulo, no caso, se deu por uma insatisfação da família que teria observado algumas falhas no atendimento que ele estava recebendo enquanto paciente. "Ele sofreu um descaso sem tamanho, desde a entrada na Emergência e também na triagem. Fora outras situações que observamos", disse a sobrinha Aranda Haber, que também é médica.
Ela redigiu um documento de quatro páginas, em que aponta as possíveis falhas no atendimento dado ao ex-senador. As laudas foram entregues a chefia da UTI e até agora, segundo Haber, a direção do Hospital Adventista de Belém não deu nenhuma resposta sobre o que foi reclamado. "A equipe que o acompanhou na UTI aérea percebeu o descaso que ele sofreu no hospital. Quando chegou em São Paulo, os médicos de lá também atentaram e disseram que se a transferência não fosse feita logo, ele (Duciomar) poderia ter morrido", disse Aranda.
"Que fique claro que não queremos tratamento diferenciado por ele ter sido uma figura pública, e sim por ser uma pessoa, um ser humano. O que a gente queria era que o tratamento oferecido fosse adequado para o quadro que ele apresenta", prosseguiu a médica. O DOL tenta contato com o Hospital Adventista de Belém.
Pesa ainda sobre o prontuário médico de Duciomar Costa uma Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), doença que o acomete há seis anos. De acordo com informações obtidas na página do Ministério da Saúde, é uma doença que afeta o sistema nervoso de forma degenerativa e progressiva, que pode resultar numa paralisia motora irreversível.
Os pacientes diagnosticados sofrem uma espécie de paralisia gradual e morte precoce como resultado da perda de capacidades cruciais, como falar, movimentar, engolir e até mesmo respirar.
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