
A saúde do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou aos holofotes na última quinta-feira (17) após a Casa Branca confirmar que o chefe de Estado foi diagnosticado com insuficiência venosa crônica — condição circulatória que afeta as pernas. O anúncio ocorre após especulações nas redes sociais e na imprensa, motivadas por imagens que mostravam hematomas nas mãos e inchaço nas pernas do presidente, capturados em compromissos recentes.
Segundo a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, Trump passou por uma bateria de exames clínicos e vasculares após apresentar os sintomas. Ela afirmou que o hematoma observado em sua mão é compatível com “lesões nos tecidos causadas por apertos de mão frequentes” e também relacionado ao uso preventivo de aspirina, medicação utilizada para reduzir o risco de eventos cardíacos.
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Apesar de ter 79 anos e já ocupar o posto de presidente mais velho da história dos EUA, Trump mantém o discurso de vigor físico e boa saúde. Em ocasiões anteriores, chegou a se declarar “o presidente mais saudável que já existiu”.
A insuficiência venosa crônica é uma condição em que o sangue tem dificuldade para retornar das pernas ao coração, provocando acúmulo nos membros inferiores. “Esse processo depende da ação eficiente das veias e válvulas, que impulsionam o sangue contra a gravidade”, explicou a cirurgiã vascular Meryl Logan, da Universidade do Texas, em entrevista à BBC. Quando esse mecanismo falha, o sangue tende a se acumular nas pernas, gerando inchaço e desconforto.
Avaliação médica
O médico da Casa Branca, Sean Barbabella, reforçou que a condição identificada em Trump é “benigna e comum”, sobretudo em pessoas com mais de 70 anos. Exames complementares descartaram a presença de trombose, insuficiência cardíaca, doenças arteriais, renais ou sistêmicas. Em nota oficial, Barbabella declarou que o presidente “segue em excelente estado de saúde”.
As imagens que alimentaram as especulações foram feitas no último dia 13, durante a final da Copa do Mundo de Clubes da Fifa, em Nova Jersey. Fotos recentes, capturadas já nesta semana, também mostraram hematomas na mão de Trump em encontros com líderes como o primeiro-ministro do Bahrein, Salman bin Hamad bin Isa Al Khalifa e o presidente francês Emmanuel Macron — neste último caso, ainda em fevereiro.
Mesmo com o histórico de boas avaliações médicas, imagens e comentários na internet levantaram dúvidas sobre uma possível condição não divulgada. No entanto, o laudo médico mais recente, emitido após o check-up anual de abril, atesta que o presidente tem funções físicas e cognitivas preservadas.
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Fatores de risco e cuidados
A insuficiência venosa crônica, segundo especialistas consultados pela BBC, é bastante comum em idosos e nem sempre indica algo grave. “É uma condição frequente nessa faixa etária. Diria que entre 10% e 35% dos pacientes com idade semelhante à de Trump convivem com esse quadro”, afirmou o cirurgião vascular Matthew Edwards, da Wake Forest University.
Entre os fatores que podem agravar a condição estão obesidade, histórico de coágulos sanguíneos e atividades que exigem ficar longos períodos em pé. Para mitigar os sintomas, os médicos recomendam o uso de meias de compressão personalizadas, elevação das pernas ao deitar, além de manter a pele das pernas bem hidratada e evitar o sobrepeso.
👉 Entre os principais sintomas do problema estão:
- Formigamento
- Dor
- Queimação
- Câimbras musculares
- Inchaço
- Sensação de peso ou de latejamento
- Pernas inquietas
- Cansaço das pernas e fadiga
- Varizes
Hematomas e idade
Já os hematomas observados nas mãos de Trump não estão diretamente ligados ao problema circulatório nas pernas. De acordo com médico da Casa Branca, Sean Barbabella, eles são resultado de microtraumas provocados por apertos de mão vigorosos, agravados pelo uso contínuo de aspirina, que torna a coagulação sanguínea mais lenta.
Especialistas apontam que, com o avanço da idade, a pele fica mais sensível a lesões superficiais — especialmente em pessoas que utilizam medicamentos anticoagulantes. “À medida que envelhecemos, todos nós ficamos mais propensos a hematomas. No caso de alguém que usa aspirina, basta um cumprimento mais firme para surgir uma marca roxa”, comentou Edwards.
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