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NO DOMINGO

Marabá faz caminhada pelo fim da violência contra a mulher

Com carro-som, faixas, cartazes e muitas bandeiras, os participantes percorreram as principais ruas e avenidas de Marabá pedindo o fim da violência doméstica e dos feminicídios

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Imagem ilustrativa da notícia Marabá faz caminhada pelo fim da violência contra a mulher camera Caminhada aconteceu neste domingo em Marabá | Secom Marabá

Os recentes casos de feminicídio na região de Carajás têm chamado a atenção da sociedade como um todo e de autoridades. Mesmo durante a pandemia, os números continuaram e as ações de crimes contra a mulher, incluindo violência doméstica, continuaram a acontecer.

Sensível a isso, o governo do Pará entregou no dia 28 de abril, a nova Unidade Integrada de Segurança Pública, que contempla o Programa “Pró-Mulher Pará” que vai trabalhar em Marabá e região os casos de violência doméstica.

O domingo (1⁰) começou com a I Caminhada pela Família e pelo Fim da Violência Contra a Mulher, promovida pelo Instituto Familiar de Marabá, que contou com a participação de representantes de ONGs e Associações de Mulheres.

Com carro-som, faixas, cartazes e muitas bandeiras, os participantes percorreram a VP 8, saindo da praça Osório Pinheiro (em frente à Prefeitura), passando pela Feira da 28, com finalização no portão principal do Campus I da Unifesspa na Folha 31, percurso de 1,5 km de caminhada.

Com faixas e cartazes, familiares e amigos das vítimas pediam justiça e o fim da violência contra a mulher
📷 Com faixas e cartazes, familiares e amigos das vítimas pediam justiça e o fim da violência contra a mulher |Secom Marabá

Sirleia Alves, do Instituto Familiar de Marabá, coordenou a caminhada. De acordo com ela, os últimos acontecimentos de violência contra a mulher, casos de feminicídio e agressões físicas, colocaram Marabá no topo da violência contra a mulher em todo estado.

“Não podemos mais permitir que vidas de mulheres sejam perdidas, estamos aqui pedindo justiça e um basta contra a violência à mulher. Nós temos voz e queremos ser ouvidas, queremos que a justiça seja feita, já não suportamos tanta violência”, disse Sirleia Alves.

Confira os recentes casos de feminicídio na região:

10/11/2021 - Alzira Nascimento Rocha (Por ciúme, idoso de 82 anos mata esposa com tiro na cabeça)

18/10/2021 - Darlene Sousa (Mulher é morta a facadas. Marido é o principal suspeito)

25/10/2021 - Pâmela Santana (Jovem de 23 anos é morta. Marido é o principal suspeito)

09/11/2021 - Luciany Morais da Silva (Mulher morre após ter o corpo incendiado por ex-marido)

07/01/2022 - Vanessa Cristina Pinto Pinheiro. (Mulher desaparecida em Tucuruí foi vítima de feminicídio)

14/02/2022 - Raquel de Oliveira Vidal (Ex mata mulher em casa de show de Bom Jesus do Tocantins)

15/02/2022 - Claine Gomes dos Santos (Polícia Civil procura acusado de matar grávida de 4 meses)

18/03/2022 - Rosimar Brandão de Sousa (Idosa é encontrada morta a facadas dentro de casa no Pará)

04/04/2022 - Gleide Saldanha Aguiar, de 31 anos e Leane Alves Gomes, de 38 (Polícia Civil procura acusado de matar mulheres em Marabá)

06/04/2022 - Rosilda dos Santos Moreira (Mulher é assassinada a facadas pelo ex-companheiro)

12/04/2022 - Daniara Rodrigues de Couto (Homem sai do culto e mata ex-mulher grávida a facadas)

17/04/2022 - Juscimaria Sousa Lopes (Mulher morta a facadas em Marabá já havia denunciado marido)

18/04/2022 - Regiane Santos (Mais uma mulher é morta de forma brutal no sudeste do Pará)

Entre os participantes, estava Cleiton Batista de Sousa. Ele perdeu a esposa Gleide Saldanha Aguiar, morta no mês passado, no bairro Araguaia. A esposa e uma amiga dela, Leane Alves da Silva, também foi atingida pelos disparos e morreu. Ele pede justiça.

“Eu perdi minha parceira, nós tínhamos um projeto de vida e olha o que ficou, nada amigo, sem ela é difícil demais, nós tínhamos cinco anos juntos e agora é conviver com a falta diária dela, muito dolorido tudo isso”, relata Cleiton Batista.

A Caminhada Pela Família e Pelo Fim da Violência Contra a Mulher teve o apoio do DMTU, órgãos de imprensa e da Guarda Municipal, através da Patrulha Maria da Penha.

“Esse é o momento da gente dizer um basta a essa violência crescente e Marabá está aumentando os casos de crimes contra a mulher, e isso não pode continuar a acontecer em nossa cidade”, destacou Jacileia Saldanha, Guarda Municipal integrante da Patrulha Maria da Penha.

A Caminhada Pela Família e Pelo Fim da Violência Contra a Mulher teve o apoio do DMTU, órgãos de imprensa e da Guarda Municipal, através da Patrulha Maria da Penha
📷 A Caminhada Pela Família e Pelo Fim da Violência Contra a Mulher teve o apoio do DMTU, órgãos de imprensa e da Guarda Municipal, através da Patrulha Maria da Penha |Secom Marabá
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